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Como criar um projeto livre

terça-feira 8 de novembro de 2005 por Vicente J. Ruiz Jurado
 

BORRADOR

Este texto propõe uma série de recomendações para a criação de um projeto livre.

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FIXME Titulo

Leva em consideração o que pretende ao criar um projeto livre em uma área em que isto não é habitual (por exemplo, áreas de trabalho distintas do software livre). Esta tarefa de criação pode não ser trivial em função de suas implicações legais.

Com este tipo de texto nós pretendemos evitar que as pessoas trabalhem em projetos de Internet com modelos fechados, como é prática habitual, quer dizer, publicando somente com copyright, sem compartilhar seus êxitos com o resto do mundo, utilizando ferramentas nâo-livres (listas do yahoo, etc.) e arquivos em formatos secretos e restritivos (como os da Micro$oft), sem permitir colaborações, etc, etc.

Estas são apenas uma série de sugestões. Tu és livre para utilizá-las ou para usar os métodos de trabalho que considera mais convenientes. Se o teu projeto ou iniciativa já existe, escolha os pontos que considera aplicáveis:

  1. Pensa em um problema que gostaria de solucionar, ou uma iniciativa que gostaria de começar. Se tu te basear em uma necessidade própria, terás maior motivação para encontrar uma solução.
  2. Faça uma pesquisa exaustiva de outros projetos similares, sobretudo, se se trata de projetos livres. Talvez tu decidas colaborar ativamente em outro projeto existente ou, em suas dificuldades, aproveitar o trabalho já realizado. Meça tuas forças antes de começar algo que não possa mais tarde assumir.
  3. Se definitivamente tu decidiste começar um projeto livre novo, escolha uma licença livre. Para isto, pensa nas liberdades que queres dar para o trabalho imaterial que estás produzindo. Com a licença Creative Commons [1], tu tens uma interface bem simples para aplicar a tua obra de livre cópia outras liberdades que consideras importantes: 1) dar crédito ou não para o autor original; 2) Permitir ou não o uso comercial de terceiros e 3) Permitir ou não modificações da obra original. Nós consideramos que algumas licenças são especialmente adequadas para projetos livres, já que são copyleft e por isso elas são habitualmente recomendadas. (Nota: Tu podes escolher várias licenças se possui diferentes tipos de conteúdo ou, ainda, para o mesmo tipo de conteúdo. Nesse último caso, o usuário final dos conteúdos escolheria a licença que preferir).
  4. Escolha um nome para o teu projeto livre. Se ele for muito extenso, cria uma sigla que te pareça apropriada. Procura colocar um nome representativo e que não exista um nome similar em sua área de trabalho.
  5. Escolha um website para hospedar teu projeto livre. Recomendamos a ti ourproject.org e, para projetos de software, codigolivre.org.br e savannah.gnu.org. Se tu tens conhecimentos informáticos, podes montar tua própria infraestrutura.
  6. Utiliza todas as ferramentas de internet possíveis para a difusão de teu trabalho e facilita o trabalho colaborativo: webs, lista de correio, documentos, wikis, mensageiros instantâneos, e outras ferramentas de colaboração. Os websites hospedeiros anteriores te facilitarão o trabalho desde que os conteúdos de teu projeto sejam livres. -# Procura fazer o possível para que estas ferramentas e a informação gerada por elas (por exemplo, documentos) estejam baseados em software livre, uma vez que, assim sendo, elas se basearão em padrões e não em modelos privados e fechados que impedem que a informação de teu projeto chegue a todo mundo. As páginas já citadas te facilitarão neste sentido. Não utiliza formatos secretos de arquivos como os da Micro$oft por esta mesma razão. Tampouco utiliza ferramentas de comunicação privadas (como o messager da Micro$oft). O software livre te proporcionará soluções livres (como openoffice.org e www.jabber.org) que estão ao alcance de todo mundo.
  7. Libera teus conhecimentos. Publica com as ferramentas citadas e com as licenças antes escolhidas para todo o teu trabalho imaterial.
  8. Torna sempre visível a licença FIXME en tuas publicações, anexando-a adequadamente ao teu trabalho (a título de exemplo, ver como nós fizemos ao final deste documento). A Creative Commons explica detalhadamente como realizar este passo conforme diferentes conteúdos (imagens, áudio, documentos em papel, hipertextos, etc.) [1].
  9. Difunda teu projeto.
  10. Busca colaboradores e pessoas que compartilham das mesmas inquietudes ou problemáticas FIXME->repasar e que pretendam trabalhar em conjunto. Deixe muito claro (por exemplo, em uma página web) como é possível colaborar ou se unir a iniciativa FIXME-eso-solo-un-ejemplo simplesmente inscrevendo-se em uma lista de correio). É provavel que encontres pessoas com inquietudes, e muitas cabeças serão melhores do que uma.
  11. Trata as pessoas que se aproximam do projeto como possíveis colaboradoras, e sempre escuta atentamente suas opiniões e observa sua reação e interação com o projeto.
  12. Se acredita que é interessante, não te limita ao teu âmbito local. Leva em conta que podem surgir colaboradores ou pessoas interessadas em teu projeto livre em qualquer sítio da Internet.
  13. Procura que tudo o que tu colocas na web seja multilíngüe, em todas as publicações de teu projeto, a não ser que ele seja muito local. Se teu projeto livre interessa outras comunidades é provável que surja alguém que queira colaborar traduzindo tuas publicações.
  14. Escolha os colaboradores e seus FIXME-no-exacta-la-traducción interesses comuns, de acordo com os objetivos com que iniciaste o projeto livre.
  15. Lidera o projeto livre junto com os colaboradores que decidires.
  16. Defina objetivos, tarefas e os mecanismos de atribuição de cada uma delas (atribuição FIXME-o-no-y e autoatribuição), e, sempre que for possível, prazos. Torna isto público para que as pessoas entendam e assim possam assimilar. É importante distribuir adequadamente o trabalho para que ele não se duplique de forma desnecessária.
  17. Organiza o trabalho de acordo com tuas possibilidades. Leva em conta que cada pessoa deve fazer o que quiser e o que puder sem coações. Em princípio, se trata de um trabalho voluntário não-forçado e isto é algo que se deve respeitar. Como diz o refrão: "Podes levar um cavalo até a água, mas não podes forçá-lo a beber".
  18. Aprenda a delegar: é imprescindível confiar que as pessoas que se encarregarão de determinadas tarefas o farão com a mínima destreza e sabedoria, assim como tu (ou melhor). Saber delegar implica dar liberdade para as pessoas para que utilizem sua inteligência e capacidade livremente.
  19. Dá visibilidade para os encargos de teus colaboradores, alimente seus Egos. Por exemplo, crie uma página web ou um documento com os créditos, no qual apareçam os trabalhos desenvolvidos por cada pessoa (sempre que ela deseje aparecer).
  20. Se alguém critica o trabalho realizado, ou propõe melhoras não de todo claras sem se envolver com o projeto, sempre se pode convidar esta pessoa a que colabore e realize as melhoras concretas. Comentários como: "Deveriam fazer tal coisa...", ou "Eu faria assim..." podem ser respondidas com um "Perfeito, faça" e logo avaliar o resultado. Isto é o trabalho colaborativo no final das contas.
  21. Se alguém não está de acordo com a linha que existe ou que virá a assumir o projeto livre, esta pessoa sempre pode tomar o trabalho realizado até o presente momento (já que a licença o permite) e começar outro projeto livre, partindo deste trabalho mas com seus critérios.
  22. Na medida do possível, procure tornar públicos os fóros (listas de correio, fórum web) que tu utilizas. Uma vez referenciados por mecanismos de busca como www.google.com, facilitará igualmente que se compartilhe conhecimento e experiências com outras pessoas.
  23. Talvez necessite buscar financiamento para teu projeto. Podes solicitar doações, realizar trabalhos sob medida relacionados com o projeto livre, fazer trabalhos remunerados de consultoria, publicar em meios físicos teu trabalho e obter algum benefício com a venda deste material. De alguma forma, tu estas demonstrando tua experiência com o tema do projeto e isto pode ser remunerado. Mas sempre procura permitir que pessoas que não tem recursos econômicos tenham acesso a teu trabalho e ao teu conhecimento (por exemplo, através da internet ou material impresso). A cultura e o conhecimento deveriam chegar a qualquer pessoa independentemente de sua condição, e as licenças escolhidas não deveriam limitá-las.
  24. Procura manter o teu trabalho sempre visível ao longo do tempo e que possa ser retomado ou consultado no futuro. Os websites citados anteriormente te facilitarão esta tarefa.
  25. Se teu interesse no projeto livre diminuir, busca alguém que possa vir a te substituir de forma conveniente.
  26. A todo momento, busca documentos sobre a Filosofia do Conhecimento Livre e do Bem-Comum. Existem muitos textos, organizações e iniciativas neste movimento: [1], [2], [3], [4], [5], [6], [7].

Agradecimentos

Leonardo F. Bauchwitz - Matechito, por seus pertinentes comentários.

Francisco Gimeno (KikoV), Lorenzo Hernández Garcia-Hierro e Roberto Santos por seus comentários e apoio.

David Arroyo Menéndez, por seus interessantes comentários e aprimoramentos.

FIXME: Añadir agradecimiento a Luis Felipe, Christine etc

Este documento inspira-se no movimento de Software Livre iniciado por Richard M. Stallman. E, igualmente, nos ensaios instrutivos de Eric S. Raymond.

Muito obrigado a todos.

FIXME-revisar Alguns comentários

Versões

Esta é a versão 0.3 deste documento (julho de 2005) com pequenas mudanças em relação a versão 0.1 de maio-agosto de 2004.


(PNG) (GIF) Copyleft 2004: Vicente J. Ruiz Jurado. This work is licensed under the Creative Commons Attribution-ShareAlike License. To view a copy of this license, visit http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5/deed.pt or send a letter to Creative Commons, 559 Nathan Abbott Way, Stanford, California 94305, USA

(PNG) (GIF) Copyleft 2005: Luis Felipe Rosado Murillo. The translation to Portuguese is licensed under the Creative Commons Attribution-ShareAlike License. To view a copy of this license, visit http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5/deed.pt or send a letter to Creative Commons, 559 Nathan Abbott Way, Stanford, California 94305, USA

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